Capes e CNPQ debatem ampliação de indígenas em editais de pesquisa

Texto: Ana Pastana – Da Agência Cenarium (site AGÊNCIA CENARIUM, Copyright © AGÊNCIA CENARIUM)

    Cotas indígenas entram em pauta em debate entre Capes e CNPq (Composição de Paulo Dutra/Agência Cenarium)

    MANAUS (AM) – Entidades nacionais de pesquisa como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Caps) debatem, nesta semana, ampliação do acesso a pesquisadores indígenas em editais de pesquisa científica.

    A professora doutora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Iraildes Caldas participa do 1º Encontro Internacional em Ciência Indígena e Justiça Climática, organizado pela União Plurinacional de Estudantes Indígenas (Upei), sediado em Brasília, como consultora para povos indígenas perante as duas instituições.

    À AGÊNCIA CENARIUM, Iraildes Caldas explica que os recursos para pesquisa não alcançam os povos indígenas e quilombolas das regiões Norte e Nordeste e parcela do Centro-Oeste. Ela aponta que o CNPq, instituição que tem orçamento próprio para o fomento da pesquisa no País, age de forma linear com todas as regiões.

    Segundo ela, ainda no primeiro Governo Lula, após a comunidade científica apontar essa desigual, se avançou na criação de uma conta regional. Contudo, não houve a consolidação de uma nota específica para grupo minoritários.

    “Passou um tempo e no final do primeiro Governo Lula já veio uma cota um pouquinho destacado para o Norte e Nordeste. De modo geral, é uma cota regional. Quando falamos de povos indígenas, quilombola, negros e de mulheres, não temos temas para esses públicos nos editais”, explicou Iraildes Caldas

    A pesquisadora em Ciências Sociais afirma que o 1º  Encontro Internacional em Ciência Indígena e Justiça Climática tem como objetivo coletar essas sugestões da comunidade científica. Ao fim das discussões, uma carta de intenções será entregue ao CNPq e à Capes.

    Além do CNPq e Capes, ainda integram o encontro representantes do Ministério da Educação e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

     

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    Rodrigo Martins

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