Pesquisa da Unicamp e MEC analisa eficácia das políticas públicas para indígenas e quilombolas nas universidades

Texto:  g1 Campinas e Região
Estudo vai avaliar efeitos de ações como as cotas e políticas de permanência dos estudantes. De forma pioneira, universidade de Campinas instituiu vestibular indígena em 2018.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou uma pesquisa em parceria com a Unicamp para analisar a eficácia das políticas públicas realizadas no país que buscam garantir acesso e permanência de estudantes quilombolas e indígenas nas universidades.

O objetivo é estudar as ações afirmativas como cotas e iniciativas para garantir que os estudantes comecem os cursos e sigam nas instituições de ensino superior. O estudo deve “indicar possibilidades para o Sistema Federal de Ensino Superior”, informou a pasta.

A Unicamp foi pioneira ao instituir, em 2018, um vestibular direcionado aos indígenas. Em 2023, os primeiros ingressantes pelo sistema de seleção concluíram os cursos.

Secretária de Educação Superior (Sesu) do MEC, Denise Carvalho, afirmou em nota que o o estudo vai abrir o diálogo entre a academia, a sociedade e a gestão pública, “facilitando a construção de políticas transversais, tão necessárias para superar os problemas complexos da atualidade”.

O anúncio do projeto foi feito nesta semana, em nota. O MEC não informou quando a pesquisa começa e qual a previsão para divulgação dos primeiros resultados.

A pesquisa vai ser conduzida pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e pela Sesu. Há, ainda, a participação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Sob o título “Indígenas e quilombolas no ensino superior: análise das políticas de acesso e permanência das instituições públicas destinadas a estudantes indígenas e quilombolas”, a pesquisa será financiada com R$ 660 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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Rodrigo Martins

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