Texto: Site G1
Vitorino Sanches tinha 60 anos e já havia sido vítima de outro atentado há pouco mais de um mês.
O líder indígena Vitorino Sanches, de 60 anos, morto por pistoleiros em Amambai (MS), foi executado com 5 tiros nas costas, conforme apontou laudo médico. A vítima chegou a ser socorrido para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Imagem: Líder indígena sofreu atentado em agosto. — Foto: Reprodução (site g1)
O atentado desta terça-feira (13) foi o segundo que o indígena Guarani-Kaiowá sofreu em um pouco mais de um mês.
Em 1º de agosto, o representante sobreviveu a uma emboscada onde o carro dele foi alvejado com mais de 10 tiros. Conforme informações apuradas pelo g1, Vitorino estava próximo de um veículo quando dois pistoleiros se aproximaram e dispararam contra ele.
Policiais Civis e Militares foram acionados. O caso segue em investigação.
Primeiro atentado
Em 2 de agosto, Vitorino Sanches, de 60 anos, prestou depoimento após ser vítima de um atentado em Amambai (MS). O carro do comerciante foi atingido por pelo menos 15 disparos de arma de fogo, tendo dois deles atingido a vítima.
Vitorino foi baleado no braço e na perna e encaminhado para o Hospital Regional da cidade. Após receber alta médica, ele prestou depoimento na delegacia da cidade.
“Ninguém falou nada para mim, ninguém me ameaçou. Como eu não falhei com ninguém, não briguei com ninguém, não tive discussão com ninguém, eu estava tranquilo. Não sei por que fizeram isso comigo”, disse a vítima na época do primeiro atentado.
O indígena era uma liderança na cidade. Em 2012, disputou o cargo de capitão na comunidade indígena. Ele também já foi candidato a vereador pela cidade, em 2016.
Na época do primeiro atentado, a Polícia Civil investigava se o ataque tinha relação com outras duas mortes de indígenas registradas nos últimos meses na região ou então com as eleições indígenas realizadas na região.