IA pode ‘salvar’ as línguas indígenas

Texto: Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Ignacio de Lima  (site Olhar Digital)

Das quatro mil línguas indígenas existentes em todo o mundo, uma desaparece completamente a cada duas semanas. Este cenário dramático revela que parte importante da cultura humana pode não resistir aos próximos anos.

No entanto, uma inteligência artificial criada por pesquisadores indígenas pode ajudar a reverter este quadro. A equipe é responsável pela ferramenta First Languages AI Reality, que está sendo usada para “salvar” mais de 200 línguas antigas.

Faltam profissionais indígenas qualificados para a missão

  • O trabalho da Indigenous in AI, no entanto, esbarra em um grande obstáculo.
  • Não há profissionais indígenas suficientes (pessoas que conhecem a língua e a cultura, além do domínio da tecnologia).
  • Nos EUA, por exemplo, os povos indígenas representam menos de 0,005% da força de trabalho na área e detêm apenas 0,4% dos diplomas de bacharel em ciência da computação.
  • Por isso, além de desenvolver a IA, o projeto também busca treinar estudantes nativos americanos.
  • As informações são da NBC News.

Outro uso da IA para preservação da cultura antiga

Em outro projeto, a inteligência artificial está ajudando a preencher as lacunas culturais indígenas além do idioma. Muitos nativos simplesmente não conseguem mais retornar às suas terras ancestrais.

As causas disso são muitas. Elas vão desde a urbanização excessiva até a ocupação dos locais para outros fins. Muitas famílias simplesmente foram arrancadas de suas raízes e não têm mais a possibilidade de voltar.

Pensando nisso, o programa Tech Natives propõe uma experiência imersiva de realidade virtual para os jovens nativos “visitarem” suas terras tradicionais na região dos Grandes Lagos. A ideia é criar um mapa de realidade virtual da ilha no qual os usuários possam clicar para ver vídeos relacionados à área.

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Rodrigo Martins

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