Como reconhecer e valorizar povos indígenas em nossas aulas? Opções de livros de autorxs indígenas disponíveis na Internet

por Kerolen Nascimento Monteiro e Rafaela Souza Palmeira

Para reconhecer e valorizar as culturas indígenas, nada melhor do que proporcionar a visibilidade e dar voz aos próprios indígenas para compartilharem sua história bem como seus talentos e visões sobre o mundo. Portanto, separamos algumas opções de obras literárias disponíveis em formato PDF na Internet. Obras escritas especificamente por autorxs indígenas.

Claro que existe uma grande variedade de obras e elas se estendem muito além do que fomos capazes de encontrar. No entanto, esperamos que aproveitem cada uma das obras aqui selecionadas e façam a leitura já imaginando novas possíveis pesquisas, que não se esgotam na intensidade e riqueza que há!

  1. Ideias para adiar o fim do mundo” e “A vida não é útil” são livros relativamente recentes de Ailton Krenak, um autor e líder indígena muito importante que nos faz refletir sobre alguns desafios que enfrentamos em sociedade, trazendo excelentes contribuições a cerca de um período muito difícil que estamos vivendo em função da pandemia de Covid-19, questões políticas e questões ambientais. Ele nos faz compreender que a ideia de humanidade não deve vir separada da natureza e como precisamos repensar a ligação que temos com o mundo. Com reconhecimento internacional, Ailton Krenak mostra originalidade em suas falas e luta a favor dos direitos dos povos indígenas. Ao dividir seu conhecimento conosco através de suas obras literárias ele também contribui para que repensemos sobre como é importante esse destaque e notoriedade indígena e como temos pouco conhecimento sobre diversas outras lideranças indígenas que ocupam esse espaço atualmente.

      Informações importantes sobre o autor contidas no final do livro “Ideias para adiar o fim do mundo”:

      Ailton Krenak nasceu em 1953, na região do vale do rio Doce, território do povo Krenak, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração de minérios. Ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia. É um dos mais destacados líderes do movimento que surgiu durante o grande despertar dos povos indígenas no Brasil, que ocorreu a partir da década de 1970. Contribuiu também para a criação da União das Nações Indígenas (UNI). Ailton tem levado a cabo um vasto trabalho educativo e ambientalista, como jornalista, e através de programas de vídeo e televisivos. A sua luta nas décadas de 1970 e 1980 foi determinante para a conquista do “Capítulo dos índios” na Constituição de 1988, que passou a garantir, pelo menos no papel, os direitos indígenas à cultura autóctone e à terra. É coautor da proposta da Unesco que criou a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço em 2005 e é membro de seu comitê gestor. É comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República e, em 2016, foi-lhe atribuído o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.” (KRENAK, Ailton, Ideias para adiar o fim do mundo, p. 58

      Os livros estão disponíveis em:

      http://observatorioedhemfoc.hospedagemdesites.ws/observatorio/wp-content/uploads/2019/12/Ideias-para-adiar-o-fim-do-mundo-Krenak-Ailton.pdf

      https://docero.com.br/doc/sx0558v

      Também podemos conhecer um pouco mais sobre a história do povo Krenak, através do link abaixo:

      https://www.futura.org.br/krenak-sobreviventes-do-vale/

      1. Memória da mãe terra”, um livro realizado coletivamente por 27 autores indígenas, de 17 etnias diferentes, sendo eles: Arian Pataxó, Naine Terena, Manoel Moura Tukano, Yracerê Xucuru-Kariri, Nazaré Pankararu, Joarez Karapotó, Atiã Pankararu, Edson Kayapó, Ararawã Baenã Hãhãhãe, Maya Pataxó Hãhãhãe, Ítala Xokó, Elyzama Xokó, Franklin Xokó, Yatan Xokó, Karine Xokó, Reginaldo Kanindé, Nhenety Kariri-Xocó, Alexsandro Potiguara, Maike Witxô Fulni-ô, Joel Braz Pataxó, Bu’ú Tukano, Nynhã GwariniTupinambá, Jamopoty Tupinambá, Katu Tupinambá, Casé Angatu, Veronica Manaura, Márcia Wayna Kambeba. Esse livro nos apresenta a importância de conhecermos, respeitarmos, valorizarmos e preservarmos a natureza e através dele podemos nos aproximar da diversidade cultural indígena.

        O livro se encontra disponível em:

        http://www.thydewa.org/wp-content/uploads/2014/12/livro-mae-terra-web.pdf

        1. O livro da argila” foi realizado coletivamente através de pesquisadores e autores indígenas. Retrata a história, a cultura e como vivem atualmente os Wayana e Aparai aqui no Brasil. Mostra a importância da arte da cerâmica para esses povos, uma vez que são realizadas técnicas específicas de suas tradições no manuseio de produção desses artefatos, bem como as suas utilizações no dia a dia em conjunto com pinturas e grafismos que a eles são registrados. Esse livro coopera para a valorização da diversidade indígena mostrando a relevância dos saberes artesanais e também para a visibilidade do trabalho manual de diversas mulheres Wayana e Aparai. Uma iniciativa riquíssima da Associação dos Povos Indígenas Wayana e Aparai (APIWA), em parceria com o Iepé.

          O livro se encontra disponível em:

          https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/0DL00003.pdf

          1. O fungo que as mulheres yanomami usam na cestaria” é um livro organizado pela Associação de Mulheres Yanomami Kumirãyõma, que foi criada em 2015 na região Maturacá da Terra Indígena Yanomami, em colaboração com o Instituto Socioambiental (ISA) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Esse livro une o conhecimento tradicional indígena e a ciência, possuindo uma narrativa das próprias mulheres que registram como manuseiam o fungo përɨsɨ, que é coletado e utilizado por elas no trabalho artesanal de cestaria, colaborando assim, para a valorização da cultura desse povo.

            O livro se encontra disponível em:

            https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/publications/YAL00052_1.pdf

            1. A nossa crença com a Vovó Lua” foi elaborado por professores e alunos indígenas Pataxó da aldeia Muã Mimatxi, através das oficinas realizadas no Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas FIEI/UFMG, no Eixo de Conhecimento Socioambiental. Trata-se de um livro com uma linguagem acessível que pode atrair até mesmo o público infantil. Ele registra a ligação e tradição cultural do povo Pataxó com as fases da lua ao transmitir seus conhecimentos para o papel. As ilustrações são belíssimas e também foram realizadas por indígenas.

              O livro se encontra disponível em:

              http://www.letras.ufmg.br/padrao_cms/documentos/eventos/indigena/A%20nossa%20cren%C3%A7a%20na%20vov%C3%B3%20lua_web.pdf

              1. Pauta nacional das mulheres indígenas” é um livreto que nos evidencia ainda mais como as mulheres líderes indígenas são unidas em prol de aumentarem suas estratégias políticas sociais de sobrevivência e luta por seus direitos. O registro dessa representação e ativismo político proporciona o fortalecimento indígena feminino, aumentando o diálogo com causas muitíssimo importantes como: violação dos direitos das mulheres indígenas, empoderamento político, direito à terra e processos de retomada, direito à saúde, educação e segurança, além de tradições e diálogos intergeracionais. Foi realizada assim, pela primeira vez, uma pauta nacional comum das mulheres indígenas brasileiras, através do projeto constituído pela ONU Mulheres em cooperação com a Embaixada da Noruega “Voz das Mulheres Indígenas”.

                Esse livreto se encontra disponível em:

                http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2018/06/PAUTA-Mulheres-indigenas.pdf

                1. A queda do céu” é uma obra literária de 720 páginas na qual Davi Kopenawa (líder Yanomami) relata sua história de vida como xamã, trazendo um olhar específico de sua cultura e etnia. Ele é um importante representante indígena Yanomami do Brasil, que luta pela defesa da Amazônia e de seu povo que atualmente está ameaçado de extinção. Seu amigo há mais de trinta anos, Bruce Albert que é doutor em antropologia e defende a cultura e o acesso aos direitos dos povos Yanomami aqui no Brasil foi o tradutor dos relatos da vida de Kopenawa para que o livro pudesse ser escrito em português.

                  O livro se encontra disponível em:

                  https://leiaarqueologia.files.wordpress.com/2017/08/davi_kopenawa___bruce_albert_-_a_queda_do_c_u.pdf

                  1. Metade cara, metade máscara” é um livro de Eliane Potiguara que foi dedicado a todos os seus parentes indígenas que sofreram pela colonização de suas terras no estado da Paraíba. Com uma escrita envolvente ela narra a história de um casal indígena e desenvolve toda luta do movimento indígena mostrando todo ataque e violência que seu povo sofreu. Há um destaque importante em sua narrativa para o protagonismo das mulheres indígenas em sua cultura e na busca pela ascensão de seus direitos.

                    O livro se encontra disponível em:

                    https://br1lib.org/book/5501583/46b8ff?dsource=recommend

                    Informações importantes sobre a autora contidas no final do livro:

                    Eliane Potiguara é escritora, poeta, professora, ativista indígena e contadora de histórias, poeta de ancestralidade potyguara, nascida em 29/9/1950, Rio de Janeiro, bisneta do guerreiro paraibano e potyguara Chico Solón de Souza. Foi nomeada na Ordem do Mérito Cultural na classe “Cavaleiro”, pela contribuição à cultura pelo governo brasileiro em 2014. Indicada em 2005 ao Projeto Internacional “Mil mulheres ao Prêmio Nobel da Paz”. É formada em Letras (Português-Literaturas) e Educação pela UFRJ, especialização e extensão em Educação Ambiental pela UFOP, é fundadora do GRUMIN / Grupo Mulher – Educação Indígena), que recebeu, em 1996, o II Prêmio de Cidadania Internacional, pela Fundação Bah’ai. Hoje, o Grumin constitui-se na Rede de Comunicação Indígena e Grumin Edições. Foi considerada Mulher do Ano de 1988, pelo Conselho de Mulheres do Brasil, por seu trabalho em prol do desenvolvimento das mulheres indígenas no Brasil. É autora de A terra é a mãe do índio (1989), livro premiado pelo Pen Club da Inglaterra. Esse texto foi traduzido para o inglês e foi tese de dois mestrados (Índia e Estados Unidos), no tema ecofeminismo; de Akajutitibirô, terra do índio potiguara (1994), cartilha de apoio à alfabetização para adultos e crianças, financiada pela Unesco; e do Jornal Grumin (versões nacional e internacional). É membro do Comitê Intertribal fellow da Ashoka, Enlace Continental de mulheres Indígenas, Associação pela Paz, Cônsul de Poetas del Mundo e embaixadora da Paz pelo Círculo de Escritores da França e Suíça. Trabalhou uma década pela Declaração Universal dos Direitos Indígenas na ONU em Genebra. Escreveu vários livros, inclusive premiados nos Estados Unidos pelo Fundo Livre de Expressão, indicada pelo Pen Club da Inglaterra. Participou de diversos congressos, feiras, festivais literários e sobre direitos humanos dos povos indígenas no Brasil e exterior. Autora de diversos livros para adultos, crianças e adolescentes em vários gêneros literários. Escreveu e publicou artigos e entrevistas em centenas de coletâneas, livros e jornais sobre a temática dos povos indígenas e seus direitos ao longo de quatro décadas de militância.” (POTIGUARA, Eliane. Metade cara, metade máscara, p. 163 e 164)

                    1. E por fim, para conhecer melhor sobre a literatura indígena brasileira temos o livro “Literatura indígena brasileira contemporânea”. Um livro que reúne diversas autorias indígenas e desenvolve sobre como a literatura indígena contemporânea tem o poder de aumentar o alcance do ativismo político em prol da reivindicação dos direitos desses povos tão negligenciados historicamente, aumentando a visibilidade e empoderamento das lideranças indígenas da atualidade, valorizando a diversidade cultural.

                      O livro se encontra disponível em:

                      https://docs.wixstatic.com/ugd/48d206_093effa656194602b2bb25561277a65d.pdf

                      Algumas entrevistas com os autores indígenas citados disponíveis na internet:

                      Entrevista com Ailton Krenak. Publicado pelo canal Roda Viva em 19 de abr. de 2021. 1 vídeo (1h 32min. 41s.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BtpbCuPKTq4. Acesso em: 18 de jan.2022.

                      Entrevista com Ailton Krenak. Publicado pelo canal UOL em 3 de novembro de 2021. 1 vídeo (56 min. 50s.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NSfsLoQKi04. Acesso em: 18 de jan.2022.

                      Entrevista com Naine Terena. Publicado pelo canal Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR em 17 de abr. de 2021. 1 Vídeo (36 min. 34s.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TwIqrTyKj08. Acesso em: 18 de jan.2022.

                      Entrevista com Naine Terena. Publicado pelo canal SP Escola de Teatro em 12 de set. de 2020. 1 Vídeo (1h 43 min. 30s.) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DMx30PP40fc. Acesso em: 18 de jan.2022.

                      Entrevista com Reginaldo Kanindé. Publicado pelo canal Literatura Indígena Contemporânea em 7 de jul. de 2020. 1 Vídeo (1h 24 min. 52s.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=I-Z4KYAvjGM. Acesso em: 18 de jan.2022.

                      Entrevista com Edson Kayapó. A entrevista faz parte dos diálogos do projeto Educadores na covid-19, um projeto voluntário de educadores que querem construir uma reflexão conjunta sobre a educação na e após a pandemia. Publicado pelo canal Vekante Educação e Cultura em 28 de abr. de 2020.1 Vídeo (46 min. 23s.) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WJqZAp47r0c. Acesso em: 18 de jan.2022.

                      ENTREVISTA COM CASÉ ANGATU XUKURU TUPINAMBÁ. Série de entrevistas com autoras(es) indígenas e não indígenas. Produção: Paula Faustino Sampaio; Thiago Leandro Vieira Cavalcante. Gravado em 27 de jul. de 2021. Publicado pelo canal História Indígena e do Indigenismo em 30 de jul. de 2021. Rondonópolis-MT. 1 vídeo (1h 21min. 39s.). Disponível em: https://youtu.be/ftsKuTODX34. Acesso em 17 jan.2022.

                      Entrevista com Casé Angatu Xukuru Tupinambá realizada no dia 10 de junho de 2017 na Biblioteca Monteiro Lobato, em Guarulhos. Publicado pelo canal Rodrigo Brucoli em 13 de jun. de 2017. 1 Vídeo (10 min. 24s.) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=641vUNfR9xg. Acesso em 17 jan.2022.

                      Entrevista com Márcia Wayna Kambeba. Produção: Cristian Wari’u Tseremey’wa. Publicado pelo canal Wari’u em 16 jul.2019. 1 Vídeo (10 min. 25s.) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XeuCjFA0uCg. Acesso em 17 jan.2022.

                      Entrevista com Davi Kopenawa. Publicado pelo canal Brasil de Fato em 3 de jan. de 2019. 1 vídeo (4 min. 24s.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WGGR-dFvwo8. Acesso em 17 jan.2022.

                      Entrevista com Davi Kopenawa.Gravado em 1998. Publicado pelo canal Roda Viva em 18 de jan.2018. 1 Vídeo (1h 34min. 7s.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Htv5eW7mQrI. Acesso em 17 jan.2022.

                      Entrevista com Eliane Potiguara. Programa exibido em 14 de março de 2017. Publicado pelo canal Saúde Oficial em 25 de abr. de 2017. 1 vídeo (27 min. 1s.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JkcINElztgg. Acesso em: 17 jan.2022.

                      Entrevista com Eliane Potiguara. Publicado pelo canal RTV Caatinga Univasf em 6 de set. de 2018. 1 vídeo (20 min 49s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PQMsvlr1MYg. Acesso em: 17 jan.2022.

                      Lista de clipes musicais de artistas indígenas disponíveis na internet

                      Ademilson Umutina

                      Ademilson Umutina é um cantor e compositor indígena que mora na aldeia Bacalana, localizada no município de Barra do Bugres (MT). Ele é um dos principais representantes da música sertaneja indígena e suas composições expressam as dores e alegrias do povo Umutina. Cantando as memórias e valores de seus ancestrais, ele busca resgatar a cultura tradicional do seu povo.

                      Música: “História do Povo Umutina”, de Ademilson Umutina. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EnJDudlzrgU

                      Arandu Arakuaa

                      Arandu Arakuaa é a primeira banda brasileira de heavy metal em tupi-guarani. O grupo se iniciou em Brasília e nas suas músicas estão presentes as lutas dos povos indígenas no país. O nome da banda significa “Saber do Cosmos”.

                      Música: “Estrela Cadente”, de Arandu Arakuaa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FViBOdoNuVQ

                      Música: “Hêwaka Waktû”, de Arandu Arakuaa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aT6eLthDwUE. Gravado na Aldeia Bananal (Santuário do Pajés) – DF em 19/04/2015 em um ritual de homenagem a um ano da morte de seu líder, Pajé Santxiê Tapuya e no Recanto do Jacaré – DF em 21/06/2015.

                      Comissão Guarani Yvyrupa CGY

                      A CGY é uma organização política autônoma que congrega as aldeias do povo guarani localizadas no Sul e Sudeste do Brasil na luta comum pela terra.

                      Música: “A todo povo de luta” – Rap Guarani Mbya da aldeia Tenondé Porã, SP. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uUvS8Gnbkwk

                      Djuena Tikuna

                      Djuena Tikuna é uma cantora, compositora e jornalista indígena da etnia Tikuna. Djuena nasceu na Aldeia Umariaçu II, localizada no município de Tabatinga (AM), região de fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Em 2017 ela se tornou a primeira indígena a protagonizar um espetáculo musical no teatro Amazonas, nos 121 anos de existência do local. Além disso, Djuena Tikuna cantou o Hino Nacional em língua Tikuna na abertura das Olimpíadas de 2016. Suas músicas trazem a força e resistência do seu povo.

                      Música: “Saudade da Aldeia”, de Djuena Tikuna. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SStkw4FyFwc.

                      Música: samaumeira sagrada, de Djuena Tikuna. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=U50pyAcslCM.

                      Edivan Fulni-ô

                      Edivan Fulni-ô é um cantor e compositor indígena da etnia Fulni-ô de Pernambuco. Através da música indígena contemporânea ele luta pela sobrevivência do seu povo.

                      Música: “Não sou Indío pra gringo ver”, de Edivan Fulni-ô. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Sp5TMgXbxjo

                      Música: “Carta do índio Galdino”, de Edivan Fulni-ô. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xkkqAZDWRUk

                      Kaê Gajajara

                      Kaê é uma cantora e compositora do povo Guajajara. Autora do livro “O que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta antirracista.” A obra busca desmistificar alguns conceitos deturpados que se fazem presente na sociedade brasileira.

                      Música: “Mãos Vermelhas”, de Kaê Guajajara part. Dj Bieta. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=P9aAhuJLnt0

                      Música: “Território ancestral”, de Kaê Guajajara. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=szzDJahvUS8

                      Katu Mirim

                      Katú Mirim é uma rapper, cantora, compositora, atriz e ativista da causa indígena. Ela é de ancestralidade Boe e no Instagram é criadora e fundadora do @indigenaslgbtq @visibilidadeindigena e #indionãoefantasia.

                      Música: “Não cansei”, de Katu Mirim. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=u_NpkkkzGTM

                      Música: “Resistência”, de Katu Mirim. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=i6zLJIFFYMM

                      Kunumi MC

                      Esse é o nome artístico de Werá Jeguaka Mirim, ele é um rapper de origem guarani que mora na aldeia de Krukutu, na região de Parelheiros, na zona sul de São Paulo. Muitas músicas de Werá são cantadas em guarani e falam da realidade vivida por seu povo. Em um recente vídeo para o seu canal no YouTube, ele afirma ter mudado o seu nome artístico de Kunumi MC para Owerá.¹

                      Música: “Jaguatá Tenondé”, de Owerá. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nCRfDMbVUn0

                      Música: “Força de Tupã”, de Owerá feat. Lozk. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oMmb8ArW_38

                      Música: “Xondaro Ka’aguy Reguá”, de Owerá. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cT7ZXxAMetY.

                      Ñande Reko Arandu

                      Contém cantos e músicas da tradição dos índios Guarani, entoados por 11 corais infanto-juvenis. Projeto criado com o objetivo de divulgar o mundo na concepção Guarani, oferecendo ao público as mensagens e a beleza dos temas musicais, passados de geração em geração. Eles dizem que estes cantos provêm de Nhanderu, Deus criador de tudo que existe. ²

                      Música Ñande Reko Arandu – (2000) Memória Viva Guarani. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=l469uaunv6A

                      Nory Kaiapo

                      Nory Kaiapo faz parte da etnia Kayapó e vive em uma Terra Indígena no município de Novo Progresso, no Pará. Em sua língua nativa Nory mostra o funk nas aldeias indígenas e seu canal no YouTube já possui mais de 20 mil inscritos.

                      Música: “Hina Hina”, de Nory Kaiapo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BmJGJ3Xl1qA

                      OZ Guarani

                      O grupo de rap é formado por jovens da Terra Indígena Jaraguá, aos pés do Pico do Jaraguá na cidade de São Paulo. Suas canções misturam versos em português e guarani.

                      Música: Hip Hop: “O índio é forte”, Oz Guarani. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iXIpDa28HQU

                      Música: “Conflitos do passado”, Oz Guarani. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0-xiPaORBS0

                      Wera MC

                      MC Wera é um rapper guarani. Em tons de resistência, respeito, justiça, história e representatividade ele canta para seu povo, pelos antepassados, pelas várias etnias e grupos que sofrem o mesmo problema de terra, genocídio e etnocídio.

                      Música: “Guardiões da Floresta”, Wera MC feat. Jason Tupi e Pedro Karaí [music prod. Joel gv. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wcyUXJ2E2-g

                      Música: “Retomada de terra”, Wera MC. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lczH-Uykz94

                      Referências Bibliográficas citadas no texto:

                      ANDRADE, Karolyn. Em sua língua nativa, Nory Kaiapo mostra o funk das aldeias indígenas. 2019. Disponível em: http://ipol.org.br/em-sua-lingua-nativa-nory-kaiapo-mostra-o-funk-das-aldeias-indigenas/. Acesso em: 12 jan. 2022.

                      A nossa crença com a Vovó Lua. Labintercult, 2019. Disponível em: https://labintercult.com.br/download/a-nossa-crenc%CC%A7a-com-a-vovo-lua/. Acesso em: 17 jan. 2022.

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                      ¹ Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ihuTw8j-QmQ Acesso em 11 jan.2022

                      ² Disponível em: http://www.mcd.com.br/nande-reko-arandu/ Acesso em 12 jan.2022.

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