Texto: Povos Indígenas no Brasil (instagram)
Eliane Potiguara, pioneira na literatura indígena brasileira, inscreveu-se para ocupar a cadeira deixada por Evanildo Bechara na Academia Brasileira de Letras (ABL) em 28 de maio de 2025. Com essa candidatura, ela pode se tornar a primeira mulher indígena a integrar a instituição, que atualmente conta com 33 homens e apenas 5 mulheres entre seus membros.
Nascida no Rio de Janeiro em 1950, Eliane é professora, escritora e ativista. Fundou a Rede Grumin de Mulheres Indígenas, a primeira organização do gênero no Brasil, e participou da elaboração da Declaração Universal dos Direitos Indígenas na ONU. Entre suas obras destacam-se “A Terra É Mãe do Índio” (1989) e “Metade Cara, Metade Máscara” (2004), que abordam a identidade e a luta dos povos indígenas.
Sua candidatura à ABL representa um passo significativo na valorização das vozes indígenas na literatura brasileira. A presença de Eliane na Academia pode contribuir para uma representação mais diversa e inclusiva na instituição.
A ABL, mais uma vez, tem a oportunidade de reconhecer a importância da cultura indígena na formação da identidade nacional. A eleição de Eliane Potiguara seria um marco histórico nesse sentido.