Texto: Redação Ciclo Vivo
Às margens do alto Rio Negro, na Amazônia, filme traz a língua proibida pela coroa portuguesa e ainda hoje sob ameaça
O filme, lançado em 2020, ganhou quatro premiações nacionais e internacionais. Imagem: Divulgação
O documentário que leva o nome de “Nheengatu”, língua falada em comunidades indígenas na Amazônia, estreia sábado (18), às 22h, no SescTV. Na produção, o diretor José Barahona e sua equipe navegam pelo alto Rio Negro, na região de São Gabriel da Cachoeira, para conhecer e compreender a realidade da população que vive na floresta, e teve o seu modo de vida impactado permanentemente pela colonização portuguesa. A partir de sábado, o filme também estará disponível sob demanda no sesctv.org.br/exclusivo.
Homens, mulheres e crianças mostram como a sua relação com a língua se dá a partir da chegada dos “brancos”, como eles chamam, quando suas rotinas começaram a mudar. História, religião, colonização, escravidão, negociação, política, cultura e invasão são assuntos abordados ao longo do documentário, que lida com o desafio, por vezes conflituoso, de achar o equilíbrio entre a preservação da cultura e a realidade contemporânea.
O filme, lançado em 2020, ganhou quatro premiações nacionais e internacionais, dentre elas, o Melhor Diretor e Melhor Desenho de Som, no XXVI 15º FestAruanda, em 2020, e o Prêmio Etnomatograph, no 18º Millenium Docs Against Gravity Film Festival, na Polônia, em 2021.
Sua construção foi feita em linguagem cinematográfica mista, com imagens pela direção, olhar e com depoimentos do cineasta, e a participação dos indígenas também por trás das câmeras. Com um celular na mão, eles registram algumas cenas do seu próprio cotidiano.
“Em 1500 os portugueses chegaram à Amazônia, quando aprenderam o tupi na costa e à medida que foram avançando pelo interior do território brasileiro, foram misturando esse dialeto com outras línguas indígenas até essa língua geral que se transformou hoje no Nheengatu”, narra José Barahona para introduzir as diversas histórias contadas.
Filme: Nheengatu
Imagem:Filme documenta ainda grandes paisagens às margens do alto Rio Negro. Imagem: Divulgação
Sinopse:
Ao longo de uma viagem no alto Rio Negro, na Amazônia profunda, o diretor busca uma língua imposta aos índios pelos antigos colonizadores. Através desta língua misturada, o Nheengatu, e dividindo a filmagem com a população local, o filme se constrói no encontro de dois mundos.
Direção: José Barahona
Sinopse:
Ao longo de uma viagem no alto Rio Negro, na Amazônia profunda, o diretor busca uma língua imposta aos índios pelos antigos colonizadores. Através desta língua misturada, o Nheengatu, e dividindo a filmagem com a população local, o filme se constrói no encontro de dois mundos.
Direção: José Barahona