Texto: Museu do Índio
ENCONTRO DE NAGAKURA E KRENAK I Servidores, colaboradores e parceiros do Museu Nacional dos Povos Indígenas participaram, no dia 28 de fevereiro, da abertura da exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”, que está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro.
A mostra tem curadoria de Ailton Krenak e curadoria adjunta de Angela Pappiani, Eliza Otsuka e Priscyla Gomes, e exibe 160 fotografias do premiado fotógrafo japonês Hiromi Nagakura, realizadas em viagens com Krenak, entre 1993 e 1998, principalmente pelo território amazônico. Eles visitaram povos indígenas no Acre, Roraima, Mato Grosso, Maranhão, São Paulo e Amazonas.
Em paralelo à mostra, estão sendo realizadas, de 28 a 1º de março, rodas de conversas com lideranças indígenas dos povos que Krenak e Nagakura visitaram. No dia 28, o tema foi “Hiromi Nagakura e Ailton Krenak encontram os povos da floresta”, com a presença de Moisés Pyianko Ashaninka e Leopardo Huni Kuin, e participação de Marize Guarani, presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã.
No dia 29, o tema do debate foi “Hiromi Nagakura e Ailton Krenak encontram os povos do cerrado”, com presença das lideranças indígenas Marineuza Pryj Krikati, Maria Salete Krikati e Caimi Waiassé Xavante, e participação de Carlos Tukano, presidente do Conselho Estadual de Direitos Indígenas do Rio de Janeiro. No dia 1º de março, Ailton Krenak e as cinco lideranças indígenas da Amazônia convidadas farão palestras.
De acordo com Krenak, ele o fotógrafo fizeram “uma viagem filosófica pela floresta, livre de qualquer limitação, numa comunicação direta com as árvores e os seres da floresta”. Ele conta que se envolveram em aventuras impensadas para o registro das imagens. “Momentos de intimidade e contentamento entre ‘amigos para sempre’ inspiraram esta mostra fotográfica mediada por encontros com algumas das pessoas queridas que nos receberam em suas cozinhas e canoas, suas praias de rios e nas aldeias: Ashaninka, Xavante, Krikati, Gavião, Yawanawá, Huni Kuin e comunidades ribeirinhas no Rio Juruá e região do lavrado em Roraima”, destaca o curador.