Seminário de formação docente discute aplicação da Lei 11645/2008 nas salas de aula

Escritores Dauá Puri e Lúcia Tucujú dividem experiências e dão caminhos para aplicação mais efetiva da lei

 

    Dauá Puri e Lúcia Tucuju. Foto: Julia Lima

    No dia 19 de agosto, o Proíndio, em parceria com o Núcleo Educativo do Projeto Jykre – Caminhos da Sabedoria, vinculado ao XX Encontro de Escritores e Artistas Indígenas, sob a responsabilidade da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Museu Nacional dos Povos Indígenas (MNPI), realizou o Seminário de Formação Docente, com o tema “A Literatura Indígena na Sala de Aula”: Uma conversa essencial sobre a aplicação da Lei 11.645/2008 e a relação entre oralidades e escritas na produção indígena contemporânea. Durante 2 horas e meia, Dauá Puri e Lúcia Tucuju contaram sobre a produção de seus livros e as experiências que tiveram dentro das salas de aula como educadores e contadores de história indígenas.

    Antes de apresentar sua experiência como escritora, Lúcia relembrou que sua relação com a sala de aula é maior do que apenas algumas visitas esporádicas: ela dá aulas para crianças de educação infantil desde que veio do Amapá para o Rio de Janeiro. E foi no uso de práticas culturais e instrumentos indígenas, como o Maracá, que entendeu que deveria valorizar sua vivência no ato de ensinar.

    Dauá reforçou que ensinar sobre cultura indígena é mais do que ser lembrado em 19 de abril e produzir “fantasias” para as crianças – vale sempre lembrar que indígena não é fantasia -, é colocar em debate autores e perspectivas indígenas sobre assuntos acadêmicos também, como as ciências, história, geografia, etc.

      Seminário de Formação Docente; da esquerda para a direita: Dauá Puri, Letícia Freire (mediadora) e Lúcia Tucujú. Foto: Julia Lima

      Os dois palestrantes reforçaram que a educação deve chegar primeiro ao professor, e que os profissionais, atualmente, não recebem qualquer tipo de capacitação sobre o assunto por parte das escolas e das Secretarias de Educação. Movimentos como o do Seminário, reiteraram, partem majoritariamente de movimentos indígenas e de grupos ligados à causa. 

       

      Curso de capacitação

      O Grupo de Trabalho formado por representantes da UFF, MNPI, IFRJ – Campus São Gonçalo, FFP-UERJ e o Coletivo de Educação Popular Casulo anunciou durante o Seminário que realizará um Curso de Formação Docente. O objetivo é ampliar a presença da cultura e dos conhecimentos indígenas na educação básica.

        Grupo de Trabalho formado por representantes da UFF, MNPI, IFRJ – Campus São Gonçalo, FFP-UERJ e o Coletivo de Educação Popular Casulo. Foto: Julia Lima

        Clique abaixo para mais informações e acesse o qr code para se inscrever.

        Curso de Formação Docente adaptado 

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        Julia Lima

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